De lá pra cá : Anos 20


Diz-se que o século XX somente teve seu inicio na década de 20, uma vez que fora neste período em que a Primeira Guerra teve seu fim. Os anos 20 foram revolucionários, eles derrubaram conceitos, instituições e ideologias do século XIX, inauguraram a Era de Ouro da Tecnologia com o uso da eletricidade, o rádio, a televisão, com a modernização das fábricas, auge e fim do cinema mudo, o invento da insulina e da penicilina. Os “Anos Loucos”, como assim fora chamada a década de 20, alvoreceu ao som animadíssimo da Jazz –Bands. Livres dos espartilhos (usados até no final do século XIX) com os vestidos mais curtos, leves e elegantes, geralmente em seda, as melindrosas tinham mais liberdade para os passos frenéticos do Charleston , diga-se de passagem que as melindrosas, ao contrário do que se pensa, não eram prostitutas, geralmente eram garotas rebeldes da alta sociedade, que podia se maquiar abertamente na rua (atitude proibida no século anterior), essas mulheres mais liberais frequentavam além da ópera e teatro, os cinematógrafos, copiando assim as roupas e trejeitos de atrizes do cinema. O hábito de fumar, e frequentar cassinos foram ideias amplamente difundidas tanto para homens quanto para mulheres. Convido-lhes a reviver os anos 20 por meio dessa postagem, deslumbraremo-nos com os ícones, cinema, dança, artes, moda e maquiagem da década de prosperidade sem precedentes, época das mulheres de beleza andrógina, e de enfado e melancolia em seu olhar...
Ícones
Coco Chanel
Grabrielle Bonheur Chanel (Coco Chanel) é a grande criadora do pretinho básico. Em 1926 desenhou o modelo de um vestido preto, usado até hoje.Nascida no sul da França. Abriu sua primeira loja em 1910 para vender chapéus, dez anos depois, com três unidades, um modelo seu foi publicado na revista Harper´s Bazaar, com a legenda ”O Adorável vestido chemisier”, impondo definitivamente seu estilo, com jersey e crepes macios, saiais mais curtas, uma silhueta e cabelos cortados. O perfume Chanel n°5, lançado em 1923, gravou de vez o seu nome, foi o primeiro perfume assinado por uma estilista e que deixou Chanel milionária. Coco Chanel era uma verdadeira diva e um eterno sinônimo de requinte e elegância.

Louise Brooks
Mary Louise Brooks ,embora tenha uma carreira breve em Hollywood, só participara de 24 filmes entre os anos de 1925 e 1938. Sua imagem e atitudes permanecem como ícone dos anos 20s. Dona de uma beleza incomum, seu o corte de cabelo liso e curto, lançou moda. Sempre a frente de seu tempo, possuía uma personalidade fortíssima. Sabe-se que em sua época a grande maioria dos atores e atrizes era extremamente submissos, explorados e mal pagos pela ainda jovem Hollywood. Porém Louise não se quedava e aceitava as normas vigentes fato que não agradava aos donos de estúdios. Seu trabalho mais lembrado é o filme “A caixa de Pandora, rodado na Alemanha, um verdadeiro clássico, de duração de 110 minutos. Louise dá vida a Lulu, uma mulher que como muita sensualidade atrai e destrói os homens que dela se aproxima.

Josephine Baker
Josephine Baker, apelidada de Pérola Negra, Deusa do ébano e entre outros conquistou com seu jeito extravagante, sensual e trajes ousados a década de 20. De origem pobre e vítima de racismo, às vezes dançava nas ruas para ganhar moedas, além de trabalhar de lavadeira, onde numa dessas casas uma senhora de maus bofes chegou a escaldar as mãos de Josephine porque ela gastara muito sabão. A oportunidade de mostrar seu talento e ter sucesso foi quando arrumou o emprego de camareira da diva negra Clara Smith, onde conseguiu a oportunidade de substituir uma corista. Sua primeira performance foi a famosa dança da banana, onde se apresentava vestida com uma tanga feita com as frutas. Rapidamente seu sucesso foi bem aclamado na França. Josephine fazia uma dança selvagem, com as plantas do pé no chão e as pernas arqueadas se auto afirmou como a mulher mais famosa do mundo naquela década e a primeira grande personalidade negra da história. Desfrute abaixo da Dança da Banana de Josephine Baker.

Mary Pickford
Mary Pickford aos 8 anos tornou-se a única provedora da família, período que sua mãe ficara viúva. Quando adolescente surpreendeu os diretores da Broadway ao pedi emprego afirmando que era “ o pai da família”. Belíssima com seus cabelos cacheados e seu rosto de boneca, com um talento nato para comédia, conquistou o seu lugar como uma das estrelas mais amada do cinema mudo. As personagens de Mary eram, geralmente, crianças ou adolescentes , como podemos citar sua personagem no filme Pollyanna (adolescente de 12) quando Mary estava com 27 anos de idade. Seu talento e carisma rendera-lhe apelidos como “Queridinha da América", "Pequena Mary" e "A moça com os cachos". Mary Pickford fez cerca de 200 filmes, nos quais ela escolhia seus roteiristas e dava palpites até na direção e produção. Deixou as telas aos 40 anos, visto que fundara a United Artists Corporation com Charlie Chaplin, D. W. Griffith e seu marido, Douglas Fairbanks. Além de talentosíssima e bela ainda tinha tino para negócios.
Rodolfo Valentino

Viril, sensual e elegante, Rodolfo Valentino tornou-se um dos primeiros símbolos sexuais do cinema norte-americano. Valentino entrou para o mundo do espetáculo, primeiramente como bailarino posteriormente com ator. Com 23 anos chegou a Hollywood, onde conseguiu pequenos papéis, em 1921 foi o protagonista de "Os Quatro cavaleiros do apocalipse". Em 1921, fez "O Sheik", seu maior sucesso, seguido de outros dramas românticos, como "Sangue e Areia" (1922) e "A Águia" (1925). Em 1926 fez "O Filho do Sheik", que seria seu último filme. Seu charme e o bom relacionamento com as câmeras o tornou em um mito. Morreu precocemente com 31 anos, vitima de uma úlcera. Diz à lenda que várias mulheres se suicidaram, desesperadas pela sua morte prematura.

Cinema
A década de 20 marca um momento de transição de uma sociedade tradicional para uma sociedade de massa. O cinema da década de 1920 foi caracterizado pelo início do cinema falado, que provocou uma mudança nos hábitos daqueles que frequentavam e faziam o cinematógrafo. Época em que se popularizava o chamado american way of life, as bandas de jazz e a ousadia na moda, que vigorou até a grande Crise de 1929. O teatro vai perdendo público ao longo dos anos 20. O cinema americano entra no país com muita força e o teatro reflete isso.
(-Ah! Eu sou louca pelo cinema! Para mim não há arte que se compare à Scena muda.
-Oh! Mas no theatro também a scena muda!)

A charge acima nos mostra a perca de popularidade que o teatro tivera nos anos 20.
Charles Chaplin em “O garoto” 1921.



A comédia americana dos anos 20 privilegia lugares, situações e objetos que retratam a vida urbana e a "civilização das máquinas". Basea-se na sátira de pequenas cenas do cotidiano. Recorre com freqüência ao "pastelão" e ganha impulso com o produtor e diretor americano Mack Sennett. Destacam-se os tipos desenvolvidos por Ben Turpin, Buster Keaton, Harold Lloyd e Charles Chaplin.

No final da década , influenciado pelo impressionismo alemão, homem já começa a perceber que pode fazer um cinema com os seus fantasmas e delírios, e em 1919 surge o filme O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene, que marca um período rapidamente falido do chamado expressionismo alemão.

O Cantor de Jazz, com Al Jolson, inaugura o cinema sonoro, em 1927, mas até sua popularização era comum as salas de exibição manterem um pianista para tocar durante a projeção da película.

Na animação o Fleischer Studios revoluciona os desenhos animados. Por outro lado, o Gato Félix (lançado em 1919) tem nos anos 1920 o seu período de maior sucesso, sendo o personagem mais difundido dos desenhos. Criado na época dos filmes mudos. Seu corpo preto, olhos brancos e sua risada característica, combinados com o surrealismo das situações criadas nos desenhos, fazem do personagem um dos mais conhecidos do mundo. O sucesso de Félix entrou em declínio em 1928, com a chegada dos desenhos animados sonoros, particularmente os do Mickey Mouse, da Walt Disney. Confira abaixo um dos episódios do Gato Felix exibido nos anos 20.


Os melhores filmes desta década foram, resumidamente: O Gabinete do dr. Caligari, de 1920; Encouraçado Potemkim, de 1925; no mesmo ano a obra-prima de Chaplin, A Corrida do Ouro e O Fantasma da Ópera, de Rupert Julian.

Dança
Meninas dançando Charleston
Mesmo não sendo da década de 20 as crianças do Turma do Balão Mágico tinham toda razão quando cantavam: “Clarleston, Charleston. Só quem dança. Sabe o que é bom”... Charleston é uma vigorosa dança popular, muito difundida e incansavelmente dançada na década de 20, principalmente entre as Flappers (mulheres jovens e rebelde de 1920) caracterizada por movimentos dos braços e projeções laterais rápidas dos pés. Num outro passo, levantavam as pernas e finalizavam com os agitos das mãos no ar imitando pandeiros, um papel importante na Charleston e mover-se na direção oposta para as pernas, as mulheres não hesitava em balançar os longos colares de cristal ou ondular as plumas e os leques. As mãos cruzavam e descruzavam sobre os joelhos, levemente curvados cobertos por meias de seda em tons de bege, sugerindo pernas nuas, que se encostam e se afastam. É extremamente difícil nos dias de hoje imaginar o impacto que essa nova música vibrante , sensual, dotada de “swing”, provocou sobre as platéias da época. Antes do jazz, a música para dançar era de origem européia, bastante formal e com regras claras para o contato entre os pares. A chegada do novo estilo, que trazia o caráter lascivo das danças coladas de cabaré, causou grande furor na imprensa conservadora e escandalizou a sociedade americana. A Charleston ficara, primeiramente, bastante conhecido nos Estados Unidos, em 1923, pelo pianista e Compositor James Johnson. Até que tomou proporções mundiais. Muito dançada em pistas de clubes nos anos 20, ao som de uma orquestra formada exclusivamente por negros e frequentada por uma elite branca. 

O Charleston, muito expressiva e agitada, fora seguida pelo Jazz da época, pelo Black Bottom, Shimmy, Quickstep, e no final da década surgindo o Swing, o qual é um desdobramento da dança de novas modalidade do jazz. 

Sabe-se ainda que o próprio Michael Jackson baseou a criação do seu famoso passo "Moonwalk" nos movimentos do Charleston e seus derivados.

Não podemos perder a oportunidade de rever essa dança que mudou a América,por meio do vídeo abaixo. A impressão que tenho é que aos de livrar do espartilhos ,as mulheres dessa época, quiseram tirar o atraso do tempo que não tinha nenhum movimento não parando de dançar a Charleston!!!
 
Artes
Edificio em art-decô

Nas Artes, os anos 20, não só se rompeu com as regras e convenções artísticas e literárias do passado, como se ensaiaram inúmeras experiências, cheias de ousadia e de originalidade. Esta procura de novas formas de expressão era, de certo modo, o reflexo do espírito de rebeldia e das profundas inquietações da época.

Cristo Redentor (Maior estátua em Art-decô do mundo)
Os anos 20, em estilo art-déco, começaram por trazer a arte construtivista – preocupada com a funcionalidade, além de lançamentos literários inovadores, como "Ulisses", de James Joyce. É o momento também de Scott Fitzgerald, o grande sucesso literário da época, com o seu "Contos da Era do Jazz". Além de sua obra-prima, "O grande Gatsby", Fitzgerald sintetiza como ninguém o esplendor e o vazio dessa época de festas fenétricas e lautas bebedeiras, de fortunas erguidas do nada.

Foi nesse contexto que surgiram personagens fantásticos como: Picasso, Duchamp, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Tristan Tzara, Hemingway, James Joyce, Ezra Pound, Villa Lobos, Chagall... Mas o palco desta revolução era Paris. Era lá que os maiores expoentes se encontravam. Paris tornou-se então a capital cultural da Europa. Ali acolhiam artis­tas e escritores de todas as nacionalidades para estar a par dos movimentos de vanguarda, isto é, das tendências artísticas e literá­rias mais avançadas.

No Brasil, o evento de mais relevância desse aspecto de vanguarda aconteceu em São Paulo, no ano de 1922, nos dias 13 a 17 de fevereiro, no Teatro Municipal. Trata-se da Semana de Arte Moderna. Acontecida em uma época de grandes turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais, causou um verdadeiro impacto por suas novas linguagens, por isso fora alvo de muitas críticas e mal compreendida em sua época.  A elite, habituada aos modelos estéticos europeus mais arcaicos, sentiu-se violentada em sua sensibilidade e afrontada em suas preferências artísticas. Após a realização da Semana, alguns dos artistas mais importantes retornaram para a Europa, enfraquecendo o movimento, mas produtores artísticos como Tarsila do Amaral, pintora modernista, faziam o caminho inverso, enriquecendo as artes plásticas brasileiras.
ABAPORU (Tarsila do Amaral, quadro
mais importante já produzido no Brasil)
Pierrete - Di Cavalcanti


A nova corrente surgida apartir de 1920, fora influen­ciada pela psicanálise de Freud: o surrealismo. Defendida nos Manifestos Surrealistas do escritor André Breton, cultivada sobre­tudo por Salvador Dalí e Magritte.

Os surrealistas procuram represen­tar o surreal, o que está para além da realidade, ou seja, o mundo do inconsciente, que se manifesta nos sonhos e nos delírios. Muitos artistas seguiam, no entanto, caminhos pessoais. E, sobretudo, de Picasso, o pintor mais genial do século, que, durante toda a sua vida, não parou de procurar novas formas de expressão artística.
Enigma (Salvador Dali)
 
Quadro Negro (Picasso)





Moda
Jamais se pode falar em Moda, da década de 20, sem mencionar Chanel e sua imensurável contribuição. Deu às mulheres maior liberdade no quesito roupa, dispensando os corpetes, as amplas saias com babados e adereços inúteis. Sua palavra era lei, ela conseguia transformar tudo em moda. . Em 1926 desenhou o modelo de um vestido preto, usado até hoje. Vestidos mais retos, marcados na altura do quadril, saias que mostravam mais as pernas ,mais decote no colo. Braços à mostra. Na moda, as roupas eram soltinhas, corte mais reto, o típico vestido melindrosa,o qual era cheio de franjas , o oposto do excesso de curvas e panos do século anterior. O tecido mais usado era a seda, mas em geral o tecido das roupas era leve, o que facilitava a vida das meninas que curtiam um passinho de Charleston. Década marcada pelo minimalismo, ou seja, menos curvas, menos seios, ombros mais largos, mas mulheres não muito magras. O foco no corpo feminino estava voltado aos tornozelos.

O acessório obrigatório para as moças de cabelos curtos era o Cloche (ou clochê), aquele chapeu que quase cobria os olhos, em forma de sino (inspirado na art decô do período) . Esse chapéu surge como um marco na moda, mas também com um forte significado social para as mulheres . O cloche era mais que um enfeite, era tipo um símbolo de emancipação, usado apenas durante o dia e impreterivelmente sobre os cabelos a la garçonne.
Vários modelos de Cloche
Lingerie Anos 20

A respeito da lingerie, os corsets começaram a ficar menores e o sutiã foi o mais adotado com o objetivo oposto ao de hoje, que era deixar os seios menores! Um modelo de sutiã bem utilizado na época era o Symington Side Lacer, um bustiê com ajustes laterais que se entrelaçavam e permitiam apertar bastante os seios e com isso, fazê-los parecer menores.

A bolsa dominate na década de 20 foi estilo carteira, tanto para o dia como para noite. Com uma superfície plana permitia aplicações de bordados ou estampas.
Bolsas Anos 20
Sapatos Anos 20
Os sapatos desta época caracterizam-se por linhas geométricas, com tiras que se prendiam no peito do pé, recortes, cortes e aberturas, combinando com saltos, médios ou altos, mas nunca finos. Isso para facilitar os passos de Charleston e uma forma de mostrar que a mulher de 20 caminha a passos firmes.

O número de modelos é amplo e variado, desde sapatos cheios de pedrarias até sapatos sóbrios. Pela primeira vez, os sapatos fazem conjunto com os vestidos, os acessórios e até com os penteados, tendo formas originais e materiais sintéticos.

Cabelo e Maquiagem
Até aos anos 20, a maquiagem era estigmatizada muitas das vezes e em anos recentes, a maquiagem era algo a ser escondido de pais, irmãos e maridos. Os Anos Loucos derruba esse estigma, e coloca por meio da maquiagem o olhar melancólico que as mulheres tanto buscavam. . Sombras escuras nos olhos, lápis na sobrancelha para levantar, cor pálida no rosto e cabelos mais curtos. Compunha basicamente as mulheres daquela época.

Maquiagem Anos 20 
Para começar, arrancar as sobrancelhas completamente e depois desenhar um arco ou uma linha muito mais acima de onde estavam as sobrancelhas com um lápis preto ( independete da cor do cabelo) era muito importante para incorporar o look. De preferência o desenho das sobrancelhas deviam apontar mais para baixo, para criar uma expressão com olhos tristes e preocupados. A sombra ajudava muito nesse aspecto, preta ou cinzenta e num “anel” em torno dos olhos era a moda para o dia e a noite. Nos lábios e faces, usava-se o rouge que variava entre o vermelho papoila e o vermelho vinho. Os lábios tinham uma forma muito particular e eram desenhados mesmo por fora do contorno natural dos lábios se fosse preciso. O lábio superior devia ser mais fino, mas com pontas bem definidas. O lábio inferior devia ser mais redondinho e fino. O batom era especialmente formulado para ser seco e para não sair: começava-se a ver casais a beijarem-se em público e, claro, não convinha deixar marcas de batom no rapaz!

Os cabelos eram curtos, a la garçonne (como um rapaz), na maioria das vezes, ou quando longos, ganhavam elaborados coques e ficavam bem presos, rente à cabeça, mas ganhavam feminilidade com o uso de chapéus, faixas e headbands; além de lenços, torços, tiaras e outros detalhes que davam às ‘melidrosas” um ar coquete e ao mesmo tempo moderno.

O chanel era o corte de cabelo mais em voga e os cabelos tanto podiam aparecer bem lisinhos, escorridos; quanto chiquérrimos, ornados apenas pelos brincos ; ou ainda ondulados e repartidos na lateral . Esse estilo não ficou limitado aos anos 20, até hoje essas três formas de usar o cabelo são consideradas muito elegantes. O corte chanel, ora na altura das orelhas, ora na altura do queixo, ainda é muito requisitado.
Cabelos Anos 20
 Abaixo um tutorial de como os cabelos eram ondulados na década de 20.
Passo a Passo Cabelo Anos 20
As unhas também eram pintadas com particularidades, costumava-se combinar a cor do verniz com a do batom. Porém, a meia-lua e a ponta da unha não se pintava. Era como uma unha francesa e uma manicure de meia lua.
Propaganda de esmaltes
Veja abaixo um tutorial de como fazer uma meia lua nas unhas

Conclusão
Toda a euforia dos Anos Loucos terminara no dia 29 de outubro de 1929, com a queda da Bolsa de Valores de Nova York. Da noite para o dia os investidores perderam tudo, afetando a economia do mundo inteiro. Os anos que se seguiram ficaram registrados como “A Grande Depressão”, caracterizada pela falência e o forte desemprego.

Entretanto os Anos 20 deixaram sua marca, com radicais alterações na forma de analisar a realidade e representá-la artisticamente, seja na pintura, cinema, arquitetura... Além da ruptura com o pensamento do século XIX, com a liberação feminina que abrange desde roupas, maquiagem, cabelo, comportamento ,sua forma de se impor na sociedade e até colocar em voga a androginia e bissexualidade. Época glamourosa que afastou alguns preconceitos, artista negro passaram a ter destaque, como a já citada Josephine Baker e os grandes músicos negros de Jazz.

Há ainda muito que falar da década de 20, esta postagem teve o intuito de nos rememorar a elegância, o requinte e o bom gosto dos Idos Anos Loucos, que ficara eternizado, sem que tenha havido outra década com o poder de saber repeti-los.
 Os Anos 20 se despede eternizado na História
Por: Rafaela Barreto
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Nenhum comentário:

Postar um comentário