Resenha: Tudo Pode Dar Certo, de Woody Allen


Possuo uma terrível mania de ao desenrolar da trama, fico costurando os fatos e começo a predizer o desfecho, orgulho-me de ter sucesso muitas vezes. Porém quando se trata de filmes de Wood Allen fatalmente minhas predições se destinam ao fracasso, e em muitos casos, nem é possível fazê-las. Em “ Tudo Pode Dar Certo” é um exemplo claro disso, visto que diga-se de passagem que Bóris é um físico indicado ao Prêmio Nobel que depois se reduz a um professor de xadrez. O filme retrata exatamente uma fala dita por sua personagem principal: O universo é um acaso cego e sem sentido. 

Porém uma coisa que descobrir logo nas primeiras cenas do filme é que muito eu iria gostar daquela personagem que se considera um gênio, nada simpático, que esbanja rabugice, hipocondríaco e ateu . A grosseria falastrona de Boris me cativou desde o primeiro momento, fazendo-me rir ou, quando não, me fazendo balançar a cabeça como sinal de concordância. Excelente para que já está farto da vida, e tornou-se um intolerante, além de boas pitadas de sarcasmo ateu.

Boris Yellnikoff surpreende em vários momentos da trama, a começar pelo seu encontro inusitado com Melodie, e aos poucos por causa dela começa a contrariar seus princípios de convivência. Além de Bóris os pais de Melodie se engajam no enredo rendendo boas revelações e risadas. No final Bóris um homem que se julga ter uma visão-mundo mais longínqua que os demais, nos deixa uma mensagem de cunho até otimista, que no suspende a uma atmosfera sem saber pelo que somos levados. Escolhas?! Ou sorte?! Mas que seja lá pelo que for “Tudo Pode Dar Certo”.

Cena final de "Tudo Pode Dar Certo"


Por Rafaela Barreto
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Um comentário:

  1. nunca assistir este filme do gênio Wood Allen vou assistir e depois posto o que achei.

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